quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Carnaval

Independente da festa, da música, dos dias de folga e da cachoeira ao alcance do meu tempo, qualquer tempo. Eu continuo querendo dança, brilho e adereços.

"Carnaval, desengano

Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano"



Confetes e serpentinas!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O Livro dos Abraços - Eduardo Galeano

Teologia/1


O catecismo me ensinou, na infância, a fazer o bem por interesse e a não fazer o mal por medo. Deus me oferecia castigos e recompensas, me ameaçava com o inferno e me prometia o céu; e eu temia e acreditava.
Passaram-se os anos. Eu já não temo nem creio. E em todo caso - penso - se mereço ser assado cozido no caldeirão do inferno, condenado ao fogo lento e eterno, que assim seja. Assim me salvarei do purgatório, que está cheio de horríveis turistas da classe média; e no final das contas, se fará justiça.
Sinceramente: merecer, mereço. Nunca matei ninguém, é verdade, mas por falta de coragem ou de tempo, e não por falta de querer. Não vou à missa aos domingos, nem nos dias de guarda. Cobicei quase todas as mulheres de meus próximos, exceto as feias, e assim violei, pelo menos em intenção, a propriedade privada que Deus pessoalmente sacramentou nas tábuas de Moisés: Não cobiçaras a mulher de teu próximo nem seu touro, nem seu asno... E como se fosse pouco, com premeditação e deslealdade cometi o ato do amor sem o nobre propósito de reproduzir a mão de obra. Sei muito bem que o pecado carnal não é bem visto no céu; mas desconfio que Deus condena o que ignora.




Extraído de O Livro dos Abraços, Eduardo Galeano.

Besos :)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Maquinando...

Há cinco minutos atrás, estava eu, fumando e pensando... Na verdade estava tentando, com a força do pensamento, mover um táxi do lugar. Mover não é a palavra certa, estava somente meditando que o freio de mão poderia falhar. O carro desceria a pequena ladeira desenfreado e bateria no muro de algum vizinho, causando mediano prejuízo. Assim, o digno senhor motorista do veículo acima citado aprenderia a não estacionar no portão de casas que não sejam a dele. Me aborreceu, ocupou "meu" espaço, contrariou minha  regra de ser o "menos invasiva" possível no espaço alheio. Sim, eu perdi três minutos da minha vida tentando gerar caos com a força do pensamento e odiando o condutor sem nunca ter olhado a cara. Não vejo problema.

Degradação Matinal

Sim, logo na primeira hora do meu dia, sou obrigada a escolher como quero iniciar a degradação proletária matinal.

As opções são:

Inferno 1: Ônibus lotado, que geralmente me deprime muito, pois habitualmente tem um cheiro-de-bunda-suja constante!

Inferno 2: Ônibus lotado, com pessoas que são pseudo-conhecidas e que por esse motivo acham de verdade que não precisam exercitar a civilidade e boa educação.

Hoje, quando me deparei com a difícil escolha, só conseguia  pensar: T-E-L-E-T-R-A-N-S-P-O-R-T-E!

Ok, eu sei que é meio inviável meu pedido... Me contento também com a criação de uma Associação de Fedorentos Anônimos que se comprometam a lavar a bunda de manhã.


Besos :)