sábado, 26 de fevereiro de 2011

Não consegui um título...

... ou meu cérebro fundiu!

Você me conheceu de verdade, a Flávia original de fábrica, sem os cerceamentos da vida adulta. Eu nunca mais vou ser tão autêntica, livre e feliz... Mesmo que eu tente, não tem como voltar. Depois que fica adulto é chato, você não pode desapontar, errar, se enganar. Tem que ser feliz, responsável, bem-sucedido, confiável... E o pior destes adjetivos é que você não precisa sê-los, basta fingí-los. Se você aparentar tudo de bom, exalar alegria e orgulho por sua vida medíocre, seu emprego de bosta e seu  país subdesenvolvido, vai ficar tudo bem... Agora não se inconforme, nunca, jamais. Caso demonstre insatisfação, logo aparecerão os adjetivos, separados exclusivamente pra quem pensa diferente: muito louca, imatura, irresponsável, mimimi... No mundo adulto não existe diversão, falou um pouquinho mais alto, bebeu um pouquinho além da conta, fez uma piadinha imprópria, deu uma piradinha, pronto! Não presta.

O mais foda é manter padrão, de cabelo, de roupa, de lugares para frequentar... Se não se enquadrar, fica à margem...

Estão sugando minhas fantasias coloridas, o mundo parece mais cinza agora. Acho que não consigo de volta minhas lentes cor de rosa. Tudo bem. Vida que segue. Os cenários estão até ficando mais cinzas, mas quer saber? Eu quero mais é que se foda. Não abro mão de nem mais um naco da minha personalidade tresloucada! É isso. Prontofalei.

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